Prazer com culpa
Todos nós temos alguma coisa na vida
que gostamos, mas não queremos admitir. Pode ser um programa de tv, um show, um
músico e até um livro. Aquele livro que dá uma vergonha ler em público. Ou
aquele cd que você só escuta na solidão de seu quarto ou no carro, em volume
baixo. Em inglês existe um termo que traduz esse fenômeno com perfeição: guilty pleasure (prazer culpado ou
prazer com culpa).
Eu não gosto de reality shows, não assisto a BBB, ou The Voice (de qualquer país), American Idol, The X-Factor, etc... Mas eu tenho uma confissão que me enche de
vergonha: eu gosto de assistir aos vídeos de candidatos que se dão mal no
X-Factor. Aqueles que acham que podem cantar, mas entregam uma performance sofrível e que muitas vezes
fazem os juízes rirem. Eu não sei por que isso me diverte, ou eu sou uma pessoa
muito ruim ou... Não sei. Divirto-me ainda mais quando o candidato é rude. Eu
sinto muita vergonha.
Outra coisa que é ridícula e que me faz
rir muito são aqueles sites em que publicam erros de digitação de celular (www.damnyouautocorrect.com) e eu
fico rindo muito dos erros. Se alguém me vê lendo aqueles posts certamente
pensam que sou louca ou que estou vendo algum filme muito engraçado.
Na música... Eu passei por um período
em que eu não admitia que gostava das músicas de James Blunt. Recentemente
descobri que não era a única e hoje eu sei que tamanha bobagem. Eu posso entrar
em maiores detalhes de uma outra feita – mas existe neste blog uma postagem a
respeito de Blunt que fala sobre isso – mas sempre será um prazer hoje falar
sobre meu gosto musical com outras pessoas. Acontece que não costumo gostar de
músicas modernas porque dou menos importância ao ritmo, eu prefiro uma letra
inteligente às letras presentes no gênero Funk brasileiro, por exemplo. Eu
odeio funk, devo informar. A batida... Aquilo me irrita profundamente. Mas
deixo isso para outra oportunidade.
Na adolescência passei por uma fase
terrível em que eu achava que não podia ver filmes de criança. Eu alugava e
assistia escondida, não admitia que tinha visto. Hoje eu compro entrada para
assistir Procurando Dory com a maior naturalidade. Tenho até personagens de
animação favoritos, tais como os Minions
e Scrat, o esquilinho de Era do Gelo.
O que devemos fazer mesmo é abraçar o
fato que gostamos de certas coisas que consideramos vergonhosas, mas mesmo
assim não deveríamos sentir nenhuma vergonha.
Finalizo com alguns exemplos do twitter de James Blunt, que também me fazem rir muito.


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